COMO A SERPENTE

Das palavras do Mestre existe quem caçoa;

Não dá a outra face àquele que lhe bate

E, querendo vingança, pode até ser que mate;

Se não puder matar, vai e amaldiçoa...

Não vê o irmão que sofre no frio da garoa

E permite que a fome ainda o maltrate...

A quem dá a ele abrigo, resmungando, rebate:

“Está perdendo tempo com essa gente à toa!”

E andam por aí deveras imponentes...

Deveriam ter presas onde eles têm os dentes

E até aquele guizo bem na ponta do rabo,

Para sempre alertar do perigo iminente,

Pois tais pessoas são como aquela serpente,

Que todos conhecemos como sendo o diabo.

Jorge de Oliveira
Enviado por Jorge de Oliveira em 10/03/2011
Reeditado em 10/03/2011
Código do texto: T2840065
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