Em mão

Como é de praxe entre quem é moderno

e mantém boas relações com o passado,

pedi a alguém que, com um recado terno,

fosse um exemplar deste livro a ti levado.

A muito custo fiz com que a dedicatória

não deixasse transparecer minha emoção,

nem trouxesse do mais fundo da memória

a brasa que ainda me acende o coração.

Com um sorriso que parece de criança,

dizes que ficaste feliz com a lembrança,

me perguntas como estou, e como vivo.

Nem percebes que por trás de todo verso

existe um amor maior do que o universo,

que te dedico em cada linha do meu livro.

Amaury Nicolini
Enviado por Amaury Nicolini em 10/03/2011
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