HOMENAGEM A GLAUCO MATTOSO

Quem disse que o Natal é só mercado?

Por trás do panetone ou da castanha

está um publicitário, uma campanha,

o lucro, as estatísticas, o Estado.

(Glauco Mattoso)

HOMENAGEM A GLAUCO MATTOSO

(Mario Roberto Guimarães)

Falaste pouco, mas disseste tudo,

Pois se o comércio a todos contamina,

Essa mercantilização é sina

Que leva, a ficar, de espanto, mudo...

O lucro é o que a midia ensina

E não se diga que nasceu sortudo

Quem não se renda ao seu poder...contudo,

Nos restam o menino e a menina,

A ter a alma pura e desarmada,

A ver nas coisas o que é bom de fato,

Pelo poder maior do Criador...

Quisera ver prevalecer o amor,

Perante o interesse, que é retrato

Cruel da realidade e mais nada.

Obrigado aos amigos que me honram com suas interações.

DEBIQUES GLAUQUIANOS

Glauco, poeta paulistano

O maior da pós-modernidade

De íris sempre poética

Apesar da sua enfermidade

Escrever sobre os pés

Sem qualquer intenção maléfica

Foi seu grande fetiche

Mas escrever satíricos sonetos

É o que de melhor existe!

(Ana Flor do Lácio)

O menino e a menina

Órfãos de pais vivos

Ainda esperam papai noel

E presentes coloridos

A inocência é mais eloquente

Que os recursos exigidos

Pela rica engenharia

Do dinheiro em vez do AMOR!

(Marllene Borges Braga)

Glauco falou-nos do que é real!

E Mario o confirmou no seu versejar

Dizendo com precisão sem igual:

No atual Natal todos só querem lucrar...

(Eyshilla)

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 10/03/2011
Reeditado em 10/03/2011
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