TRISTONHO ROSEIRAL
Nesse féretro soturno faz seu leito
Devaneio d'esperança outrora pleno
Transmutado, vejo lívido, pequeno
Meu cenário portentoso foi desfeito
N'algidez de dita câmara o tormento
Grassa em feixes que têm fel como recheio
De aflição, melancolia encarno um veio
Pois contemplo o definhar do encantamento
Do jardim eras a flor iluminada
Foi-se o brilho, doravante tem morada
O negror nesse tristonho roseiral
Débeis passos, face amarga, esmorecida
Dura imagem que conforma a despedida
Vão desvelo... Morre um sonho especial