SONETO DA SABEDORIA











 

Vou enamorado arfando estupefato,
Cá e acolá entre todas admirando.
Sigo assim teu perfume aspirando,
Visto p'la rocha ávida por olfato.

Como diadema em jaspe cravejado,
Filosofia adorada semelhante,
Tal qual tilinta o ouro tão brilhante
É 'quilo qu'ensinaste com seu grado.

Foste criada para ser sublime,
Fim, regozijo bruto não te causa,
E imaginar não tê-la só me oprime.

Sabedoria, amor dos sonhos meus,
Iluminada eterna foz sem pausa
Dádiva-adorno ao amém de Deus.
                                                         


 
19/04/2007