Ode à Tristeza
Dias nulos me enovelam numa bolha
Jazem rotas as antigas ilusões
Existir nesse marasmo sem escolha
O que resta, horas mortas sem paixões.
Enumero sem beleza esses vilões
Que tingiram de horror os meus momentos
Retalharam meu futuro e em senões
O que resta de existir em fragmentos.
Horas tolas, rabiscar desses sentidos
Sem pudores os meus ais mais doloridos
A tingir de tom cinzento ode à tristeza.
De mau gosto essa atitude, sem beleza
Sensação que me desola e faz banida
Sem desfecho, foge ao eixo, morte em vida!