Ode à Tristeza

Dias nulos me enovelam numa bolha

Jazem rotas as antigas ilusões

Existir nesse marasmo sem escolha

O que resta, horas mortas sem paixões.

Enumero sem beleza esses vilões

Que tingiram de horror os meus momentos

Retalharam meu futuro e em senões

O que resta de existir em fragmentos.

Horas tolas, rabiscar desses sentidos

Sem pudores os meus ais mais doloridos

A tingir de tom cinzento ode à tristeza.

De mau gosto essa atitude, sem beleza

Sensação que me desola e faz banida

Sem desfecho, foge ao eixo, morte em vida!

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 07/03/2011
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