***ABALA***
O seu coração, minha doce cenzala!
E vassalo, eu vou sempre a visitá-la,
Quão a cada dia, quero conquistá-la,
Deusa do Ilê, nua, a minha boca fala...
Fala que te ama, só quer degustá-la...
Dize tu, ó rainha, de cuja cor resvala,
Todo esse amor, se minha alma abala,
Deste pelourinho, tu, vens resgatá-la!
Se Deus, ao ébano tinha que bruní-la,
Esta tez, a mais linda, que de ti rutila,
À minha paixão, não tens que puní-la...
Da tua pele negra, o brilho que cintila,
Neste frenesí, que eu preciso sentí-la,
Fala boca minha! D'amor não te mutila...
Valdívio Correia Junior, 06/03/2011