Rejeição!
Dor, rejeição, golgota da servidão
A face em suor e sangue, caindo até ao chão
Agonia profunda, só e desamparado
Gritando em si, o amor resignado
Na solidão das horas ouve-se a voz do desprezo
A gemer, na ânsia de um suspiro final
O relógio da vida, avisa com austero
À aguardada marcha, cortejo funeral
Prisioneiro voluntário do sofrer sem pão
Bendita fartura, suntuosa miséria
Sedentos, os lábios queimam em vão...
Momento de intensa agonia e solidão
Ao golgota isolado volto à reconciliação
Pai! Passe de mim o cálice da rejeição...
Luzia Ditzz
Campinas, 05 de março de 2011.