SONETO À SOBERBA
Quem te vestiu de intrépida vileza
Vendou-te os olhos cegos da razão.
Tu’alma em breu,- soturna escuridão-,
Já renegou tua carne em crueza.
Quem te deu atestado de grandeza
E te pôs uma insígnia em seleção?
Foste tu mesma! E esta aferição
Só mede o ego teu, posto em pobreza.
Cega de si, olhando a ti não vês
Que és mísera, medíocre em corpo e alma,
- Palha que espalha, ardendo ao fogo estala-.
Disse-te um dia e digo-te outra vez:
Em algum momento em que me vem a calma,
Com pena eu chego quase a respeitá-la.
Quem te vestiu de intrépida vileza
Vendou-te os olhos cegos da razão.
Tu’alma em breu,- soturna escuridão-,
Já renegou tua carne em crueza.
Quem te deu atestado de grandeza
E te pôs uma insígnia em seleção?
Foste tu mesma! E esta aferição
Só mede o ego teu, posto em pobreza.
Cega de si, olhando a ti não vês
Que és mísera, medíocre em corpo e alma,
- Palha que espalha, ardendo ao fogo estala-.
Disse-te um dia e digo-te outra vez:
Em algum momento em que me vem a calma,
Com pena eu chego quase a respeitá-la.