no infinito de um olhar...

simples como sertanejo

na feição doce e tranquila

de quem sabe onde é seu tejo

sua aldeia sua vila:

poeta nasce benfazejo

com amor de quem destila

no alambique do desejo

verso puro em pura argila

artesão do barro faz

vaso d´ouro - seu poetar

dentro d´alma: sua aldeia

e então Deus lhe diz: rapaz!

Poesia é cisco de areia

no infinito de um olhar...

(Alexandre Tambelli, São Paulo, 30 e 31 de maio de 2009.)