SONETO DE MARÇO

Fagner Roberto Sitta da Silva

A chuva chove mansamente... como um sono

que tranquilize, pacifique, resserene...

Cecília Meireles (1901 - 1964)

Lava o meu pensamento, chuva fria

que cai, enquanto sigo pela ruas

vazias da cidade... Lava as cruas

feridas que me cobrem, depois cria

outra sina, outra nova fantasia,

um mar no coração para que duas

naus se encontrem com duas brancas luas,

uma no céu e outra no mar. Esfria

e acalma essas feridas, as abertas

feridas dos amores que passaram...

Mas vem chegando abril, e ele virá

com um tempo de novas descobertas,

pois todas essas águas me banharam

e um tempo de alegria chegará...

12 de março de 2008.

Fagner Roberto Sitta da Silva
Enviado por Fagner Roberto Sitta da Silva em 04/03/2011
Reeditado em 06/03/2011
Código do texto: T2828753
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