QUANDO TE VEJO NA RUA

Este soneto me foi inspirado lendo (sem fôlego)

um poema/prece da novíssima (e excelente) colega

de recanto, poetisa Aninhalaqua, a quem agradeço

a oportuinidade da excelente leitura.

Afonso Martini

QUANDO TE VEJO NA RUA

Faço-me suarento, nervoso, sem ar,

quando estou no meu carro e te vejo na rua

me faço menino, cai, levanta e recua

mas o transito vil não me deixa parar.

Que amor é esse, que perfuma o perigo e amua,

Que se faz infeliz se não pode abraçar;

Que tranca as narinas sem poder respirar

Agindo qual ímã que sobre o corpo atua.

É amor verdadeiro; não é mera atração;

Que foi plantado na alma onde fez o seu ninho

Toca as delicadas fibras do coração

É um amor alvo feito do pelo do aminho

não desvanece pois não é simples ilusão

feito de paz, companheirismo e carinho.

Afonso Martini

030311

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 04/03/2011
Reeditado em 04/03/2011
Código do texto: T2827740
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