QUANDO TE VEJO NA RUA
Este soneto me foi inspirado lendo (sem fôlego)
um poema/prece da novíssima (e excelente) colega
de recanto, poetisa Aninhalaqua, a quem agradeço
a oportuinidade da excelente leitura.
Afonso Martini
QUANDO TE VEJO NA RUA
Faço-me suarento, nervoso, sem ar,
quando estou no meu carro e te vejo na rua
me faço menino, cai, levanta e recua
mas o transito vil não me deixa parar.
Que amor é esse, que perfuma o perigo e amua,
Que se faz infeliz se não pode abraçar;
Que tranca as narinas sem poder respirar
Agindo qual ímã que sobre o corpo atua.
É amor verdadeiro; não é mera atração;
Que foi plantado na alma onde fez o seu ninho
Toca as delicadas fibras do coração
É um amor alvo feito do pelo do aminho
não desvanece pois não é simples ilusão
feito de paz, companheirismo e carinho.
Afonso Martini
030311