Amor Profano

Eu te amo - calma como virgem pura

E cristalina como a luz do dia.

Mas misteriosa, como a noite escura,

E mentirosa, no seu dia-a-dia.

Eu te amo sempre, como criatura

Leviana e fútil, desleal, sombria,

Inconseqüente na descompostura

E intransigente na sua teimosia.

Amante reles e despudorada!

Na tentativa - que não vale nada -

De convencer-me com os teus espasmos,

Deixa-me insano, que no meu furor,

O antagonismo do que é o amor,

Explode numa sucessão de orgasmos!

Roberto Barros
Enviado por Roberto Barros em 05/11/2006
Código do texto: T282749