SEXTO SONETO DAS CEREJEIRAS
Fagner Roberto Sitta da Silva
a Nelson Koske Ichisato
Folhas de outono pelas ruas da cidade,
quero também voar nas mãos do leve vento
que leva as folhas, leva todo pensamento,
que seguem deslizando em total liberdade.
Sigo pelo caminho e levo o sentimento
dessa estação, e vou... mas vou com a saudade
latejando no peito... ah, saudade que invade
como estas folhas num bailar tão leve e lento.
Logo estarei no lago vendo as cerejeiras
desnudas, cheias de botões que irão encher
de róseas flores e de belezas verdadeiras,
com um toque oriental, à paisagem do lindo
lago no outono que parece fenecer
ao vermos um botão delicado se abrindo...
31 de maio de 2010.