SENTADO A BEIRA DO CAMINHO

Fizeste meus passos fortes que deixaram marcas,

Puseste em meus lábios o mel e o fel em opostos,

E eu caminhei desnudo pelo frio dos desgostos,

Até sentir as transformaçoes no meu rosto.

Me deste por um pouco os praseres do tormento,

Aproveitando entanto minha fadada fragilidade,

Fizeste de minha vida o alvo da tua identidade,

Deixando agora em mim um rastro, uma sequência.

Me falaste: Eu voltarei. Depois partiste ...

E o que farei quando chegar os dias tristes,

Dormirei o sono dos insensatos, te lembrarei!

Pois se a vida é feita de sonhos e iluzão,

Se por querer te entreguei meu coraçao,

Só por te amar ... eu esperarei a vida inteira.