O Cravo e o botão de Rosa
Amarrei-te em haste em meu humilde jardim,
E te reguei com queixumes puros de paixão,
Algozes foram meus felinos lábios enfim
Nos quais deixaste espinhos de rejeição.
Súplicas me tomavam o peito fraco e febril,
Em dor e pecado virulento, uma lenta agonia,
Tentar entender teu abraço penoso e ardil
Com gosto a mel, combalido e em cardo fobia.
A tua tez alabastrina, purpurinada, iludia o luar,
Estrelas fulgurantes e marítimas são o teu olhar,
Ah ramalhete de pétalas consteladas de prazer.
Presa em meus versos, tiras as cortinas do teatro,
Estreias “O Cravo e o botão de Rosa” no palco,
E eu de camarote a observo desprezar por lazer!