NOSSOS OLHARES

Oh, que saudades, meu amor, dos teus olhares

a perscrutarem, com encantos delicados,

minha emoção que mergulhava em céus e mares

vibrando em luz, aos risos d'alma deliciados.

No intenso enlace, os nossos olhos constelares

volviam terras, ares, sóis maravilhados...

Nesses impérios de nós dois sobre os sonhares,

todo Universo aos nossos pés pairando alados!

Tu deliravas de deleite, em suspirares,

ao decifrar-me os olhos vivos, extasiados...

No mais profundo do teu ser, pousei meus lares,

doei a vida aos olhos teus, meus adorados...

Tu te cansaste e me apagaste o olhar suave!

Mas moro em ti, não sei sair, não tenho a chave!

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 02/03/2011
Reeditado em 02/03/2011
Código do texto: T2823498
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