Soneto da paz
Deixei de ter na vida indagações
Vivi sempre a procura de respostas
De minha alma, as interrogações, expostas,
Fecharam-se no breu de meus porões.
Não luto mais com decisões impostas
Nem tento sobrepor-me as aflições
Sou parasita, agarro-me a razões,
Aceito, do viver, suas propostas.
No encalço dessa vida já corri
Milhares e milhares... Muitas milhas
Agora eu caminho... Sucumbi.
Passar, com ela, mágicos momentos,
Enveredarmos, calmamente, belas trilhas,
Assim quero seguir... Sem mais tormentos.