A VIRGINDADE PERDIDA
Conta-me menina como foi!
Contar-te, eu, jamais, tenho vergonha:
Foi só uma fantasia que se sonha,
Mas eu não vou contar, conto depois:
Que fantasia! Sonhei a vida inteira
Uma jóia eu guardava com fervor
Um sonho, reservei pra um grande amor,
Uma pureza tão pura e verdadeira
Que enfim, aconteceu, já eu te conto:
Foi num passeio que fiz lá em Verona,
Num lindo amanhecer, coisa de um conto,
Ali frente ao albor, triste, sem dono...
Eis que naquele instante me defronto
Que eu perdera a virgindade solteirona.