A VIRGINDADE PERDIDA

Conta-me menina como foi!

Contar-te, eu, jamais, tenho vergonha:

Foi só uma fantasia que se sonha,

Mas eu não vou contar, conto depois:

Que fantasia! Sonhei a vida inteira

Uma jóia eu guardava com fervor

Um sonho, reservei pra um grande amor,

Uma pureza tão pura e verdadeira

Que enfim, aconteceu, já eu te conto:

Foi num passeio que fiz lá em Verona,

Num lindo amanhecer, coisa de um conto,

Ali frente ao albor, triste, sem dono...

Eis que naquele instante me defronto

Que eu perdera a virgindade solteirona.

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 04/11/2006
Reeditado em 30/08/2007
Código do texto: T282013