*** você ***

VOCÊ

Uma dor esquisita doeu-me no peito

quando abri o P C e não vi tua mensagem

o carinho da palavra, um abraço à coragem,

que, pós ablações, aos meus amigos estreito.

Lembrei do menino pobre a triste imagem

vendo o amigo ufano com o brinquedo eleito

um nó na garganta; na alma um fado/trejeito

que não foi ciúme nem tampouco voragem.

Quando há simpatia entre almas que, com loucura,

não importa onde estejam, nem importa aonde vão,

malgrado à intempérie, acirram a procura.

E nestas buscas, as buscas do coração

voejam nas asas do vento, a alma insegura.

A alma junta forças – corpo, mente e razão.

Afonso Martini

280211

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 28/02/2011
Reeditado em 01/05/2011
Código do texto: T2819791
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