*** você ***
VOCÊ
Uma dor esquisita doeu-me no peito
quando abri o P C e não vi tua mensagem
o carinho da palavra, um abraço à coragem,
que, pós ablações, aos meus amigos estreito.
Lembrei do menino pobre a triste imagem
vendo o amigo ufano com o brinquedo eleito
um nó na garganta; na alma um fado/trejeito
que não foi ciúme nem tampouco voragem.
Quando há simpatia entre almas que, com loucura,
não importa onde estejam, nem importa aonde vão,
malgrado à intempérie, acirram a procura.
E nestas buscas, as buscas do coração
voejam nas asas do vento, a alma insegura.
A alma junta forças – corpo, mente e razão.
Afonso Martini
280211