SONETO DA INSÔNIA VIII
Cai a noite. Suas sombras são profundas!
Cai minh’ alma nas lágrimas que choro
Nas horas em que não durmo, infinitas,
Espero o raiar do dia… como o imploro!
Espero a madrugada, pois a noite sou eu
Sou a negritude, a sombra, a escuridão,
Afundo-me profundamente no profundo céu
Aceito o destino, fundo-me nessa imensidão!
Se a aurora não vem aumenta minha agonia
E já sinto medo que chegue novo crepúsculo
O que mais desejo é poder ver a luz do dia
Pois só ela manda embora esta saudade minha
E todos os sonhos que perdi... e ainda busco!
As trevas amedrontam-me e eu estou sozinha…
(27/02/2011)