SONETO DA INSÔNIA VIII

Cai a noite. Suas sombras são profundas!

Cai minh’ alma nas lágrimas que choro

Nas horas em que não durmo, infinitas,

Espero o raiar do dia… como o imploro!

Espero a madrugada, pois a noite sou eu

Sou a negritude, a sombra, a escuridão,

Afundo-me profundamente no profundo céu

Aceito o destino, fundo-me nessa imensidão!

Se a aurora não vem aumenta minha agonia

E já sinto medo que chegue novo crepúsculo

O que mais desejo é poder ver a luz do dia

Pois só ela manda embora esta saudade minha

E todos os sonhos que perdi... e ainda busco!

As trevas amedrontam-me e eu estou sozinha…

(27/02/2011)

Ana Flor do Lácio
Enviado por Ana Flor do Lácio em 28/02/2011
Reeditado em 28/02/2011
Código do texto: T2819168
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