SONETO DA INSÔNIA VII

No meu silêncio sou o acordar da alvorada

Numa suave melodia pintada de saudade

Em cada noite chora em mim a madrugada

Na escuridão espero o nascer da claridade.

No meu coração escorrem lágrima e saudade

Em silêncio, neste vale sombrio do meu ser

Há um fogo que queima mas não arde

Há um coração a quem a vida faz doer.

As trevas trazem-me seus ais no vento

Unem-se aos meus, na sua tristeza infinita

Nossas lágrimas soam como doce lamento

Nos laços do destino, ó noite perdida!

Nos pedaços de nós perdidos no tempo

Choramos os sonhos e os limites da vida...

(27/02/2011)

Ana Flor do Lácio
Enviado por Ana Flor do Lácio em 27/02/2011
Reeditado em 27/02/2011
Código do texto: T2817303
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