Amor, Um Mistério
Se tu soubesses doce amado o quanto pranteia a minha alma.
Se tu soubesses que é por ti e por mais ninguém que ela chora,
Entenderias ao menos um pouco o frio calvário que vivo agora.
Saberias a intensidade da dor da partida, me pediria a calma.
Se tu soubesses que desde a tua partida a única fonte secou.
Se tu soubesses as noites de insônia que minha alma amarga,
Compreenderias que sem ti não sou vida, adiarias a partida.
Estender-me-ia as mãos me levarias para além do horizonte.
Quero de ti o beijo cálido da noite que subitamente se avizinha,
Quero poder ao menos por segundos te sentir unicamente meu.
Queri aos aos teus pés me redimir do que ofuscou sonhos teus.
Amado, entenderias meu viver angustiante querendo teu desejo,
Teu coração aboliria as melodias toscas cravadas no meu peito
Terias-me amor por inteiro entre os lençóis do teu vazio leito
(Ana Stoppa)