Meu soneto vitoriano

Como te adoro? Deixas-me falar

Os modos. Com a altura, a extensão,

E o fulgor do meu espírito, quando vão

Teus desejos o Bem querer a buscar.

Gosto de ti simplesmente, como o ar

Que aspiras. Ao sol, na escuridão.

Com a audácia de um solto coração;

Com o pudor que a lisonja faz cantar.

Anelo-te fogosa e imaculada, com a ânsia

Que na dor tive; com a fé da infância;

Com essa paixão que sempre cri perder,

Perdendo os meus. Quero-te sempre: andando,

Chorando, rindo, lendo, respirando…

E hei um dia de amar-te melhor, antes de morrer.

ROGERIO WANDERLEY GUASTI
Enviado por ROGERIO WANDERLEY GUASTI em 25/02/2011
Reeditado em 31/03/2012
Código do texto: T2814681
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