Querela (Com JRPALACIO)

Pressuposto silencioso me revela

Longe à tela, no final igual quebranto

Endosso pois, com minha pena essa querela

Sem a rima fico longe em desencanto.

Sem espanto deixo às claras o meu ato

Desembarco desse grimpo em meu descaso

Deixo em branco o final que arremato

Não discuto nem permuto e fim de caso!

Baboseira não permito se é agito

Outra coisa não desejo ou admito

Que ecoe , sem censura, ao infinito.

Seja inteiro em poesia o verso eivado.

Do contrário, cunho o cisma, em separado

Irracional e venenoso o meu recado.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 25/02/2011
Reeditado em 27/03/2011
Código do texto: T2813887