SONETO DO AMOR ROUBADO

Tu, mulher, como a ladra, me invadiste,

Roubaste dentro em mim um amor que existe

Para aquela que eu jurei amar pra sempre.

E agora dentro em mim há, só um vazio,

Nas horas de amor, fico tão frio

Que às vezes eu até me surpreendo.

Tu foste ao santuário do meu ente,

Quebraste dentro em mim a sacristia,

Tiraste lá do fundo, lá de dentro,

O sentimento puro que existia.

E agora se eu me encontro sem a riqueza

Com a mulher que ainda está comigo,

Com ela eu fico ali, mas com certeza,

Só penso no amor que está contigo.

Geraldo Altoé

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 03/11/2006
Código do texto: T281280