Hispano-brasileira
De nariz anguloso, mas de arrimo delicado,
Tens sobrancelhas expressivas e boca de boneca,
Daquelas que eternamente se vê beijando,
Teu cabelo viçoso e longo é liso adorno de cabeça.
Como pode longas madeixas vestir belo corpo?
– Não sei, porém teus olhos fortes, vivos...
Que te digam! Ó opala verde que me segue,
Como a Lua que persegue a noite e eu fugidio!
No rosto maçãs rubras da luxúria, um pecado,
Que eu mortal peço perdão a Deus por estar ávido,
Como um Gaijin perdido no deserto a busca de água.
No pescoço, avolumam-se colares e jóias,
Em ritmo sofisticado, com roupa discreta e decote,
Que te fazem das brasileiras, que digam, a mais espanhola!