BÁLSAMO DA ALMA

BÁLSAMO DA ALMA

Nem sabes quanto gáudio sinto n’alma ao ler-te,

pois é júbilo em meus olhos tua cantiga.

Sorvo o doce bálsamo que minha alma irriga

e, a um só tempo que brincando, a mente diverte.

É o bálsamo d’alma que faz com que prossiga

a vida de prantos, sem te tocar nem ver-te;

sem que possa em realidade oferecer-te

meu carinho, que restrito aos sonhos, castiga.

É doce sonhar, mas acumula saudades

e a saudade nem sempre me isenta da dor;

doce pejo da consciente liberdade.

Na fria noite quisera dar-te calor;

na triste vida, levar-te felicidade;

e, vorazes, vivermos unos nosso amor.

Afonso Martini

240211

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 24/02/2011
Reeditado em 24/02/2011
Código do texto: T2811770
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