A loba
Eis que uma loba, em climatério
S'enlouquecida por seu martírio
Pelos devaneios... em seu delírio
A desmedida tesão, sem critério
A tal fera, não perde seu império
Mostrar as garras de um cenário
N'outros, recorre ao campanário
Vem, para manter o seu mistério
O ostracismo, mundo imaginário
Vê-se à borda deste tal cemitério
Já volta ao seu átrio embrionário
Eis que uma louca num sanatório
Vai ecoar os uivos do seu lamúrio
Para livrar tal loba desse calvário
Valdívio Correia Junior, 23/02/11