Prefácio
Perdoa meu amigo, minha amiga,
Por este arremedo de poesia.
Jamais eu cultivei a fantasia
De expor a outro olhar esta cantiga.
Se um sonho existia é coisa antiga.
Mas hoje, consciente – quem diria!
-, Por mim o sofrimento não teria,
Ninguém de sujeitar-se a esta fadiga.
Se alguém aqui chegou, foi por proeza
Da incauta poetisa que, um dia,
Ousou acreditar que alguns coitados
Pudessem merecer a gentileza
De alguém que, paciente, aqui leria
A estes versos tão desengonçados.
(03.11.2006)