Soneto dos Sonhos

Vale, um desejo tua última estória,

Que a noite se apresse em dar vida a rosa

Rosa, que ganha frágil cor em sua sina penosa

Amanhece e desbota-se ao agir da socórdia

Rosa, que se vai a sonho e ilusão permanente

Que navega como a dos ventos no intercurso do tempo

Assoprada como sementes que vão porta adentro

Sem imaginar que há de declinar em terra carente,

E indo a pulsar rompe o silêncio de repente

Traz vida, advinha sentidos, traduz a serenidade

Em gestos perdidos no universo de formas recentes

Forma dos teus olhos, que brincam da semente vigiar

Embriagados de encanto, vêm os pés no oásis da liberdade

Que o teu sorriso insiste em revelar

Márcio Diniz
Enviado por Márcio Diniz em 23/02/2011
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