Soneto dos Sonhos
Vale, um desejo tua última estória,
Que a noite se apresse em dar vida a rosa
Rosa, que ganha frágil cor em sua sina penosa
Amanhece e desbota-se ao agir da socórdia
Rosa, que se vai a sonho e ilusão permanente
Que navega como a dos ventos no intercurso do tempo
Assoprada como sementes que vão porta adentro
Sem imaginar que há de declinar em terra carente,
E indo a pulsar rompe o silêncio de repente
Traz vida, advinha sentidos, traduz a serenidade
Em gestos perdidos no universo de formas recentes
Forma dos teus olhos, que brincam da semente vigiar
Embriagados de encanto, vêm os pés no oásis da liberdade
Que o teu sorriso insiste em revelar