Devaneios da Alma

Quando  procurei   desnudar os  segredos da  alma,
A  vi centrada,  desconectada  das fantasias banais.
Límpida e suave transbordando serenidade e calma,
Desapegada das tais alegorias afetivas livre dos ais.

Os   anos  usurpados   em  detrimento  as   posturas,
O  eterno  querer  e não ter  repleto  de  amargura.
As cobranças  impostas   por  anônimos   opressores,
O desistir  de  ser feliz temendo a frieza das dores.

Os ciclos de  concreto  silenciosamente  percorridos,
Transmutados  e  dissimulados  na  máscar a do  riso.
Fizeram  d o vive r rotineiro algo distante do paraíso.

A  evolução   espiritual,  a  aceitação  do  imodificável.
O    entendimento   cristalino   da   singela  passagem,
Alma a percorrer os devaneios inseridos na paisagem.
                                                                                        (Ana Stoppa)








                                                     
  (Foto: Ana  Stoppa/Madri/Espanha-01/09)


Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 23/02/2011
Reeditado em 03/05/2011
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