...Vitais...

A chuva caía apenas naquele tom : Que bom, que bom...

A noite era de verão, assim, um verão qualquer, um verão...de fé.

As mulheres vestiam luto, e nos escombros, não sentiam a dor.

Era vital, estar ali, ausente, no presente, no passado, ou atemporal!

Era temporal de verão, que sorria, entre os dentes de alguém, que

nem sabia sorrir...mas sabia cantar, e esperar, a chuva passar...

Sabia que a noite teria fim, mas a vida, esperava viver para sempre...inocente; o pensamento pueril daquela menina...

Àquela menina, era a virgem dos tempos, dos sofrimentos, a mais seleta donzela do amanhecer...que podia raiar sem gotas de chuva,

Sem gotas de mar, e com a virtude...a virtude dos tais...

Àquela renascida manhã não tardaria, o relógio aguardava pelo

momento de chegar a primeira hora do dia...para gritar seu rumo,

E os vitrais das janelas daquela capela...eram...tudo...tudo...tudo.

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 22/02/2011
Código do texto: T2809023
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