BAIXO OS PLÁTANOS
BAIXO OS PLÁTANOS
Caminhando à sombra de plátanos lendários;
Nas alamedas lembranças, doces, queridas,
Quiçá eternas, arraigadas em outras vidas,
Em conivência ruidosa do fadário.
Os passeios de mão pegada e alma inibida;
A escolha da data fatal no calendário,
com promessas de fidelidade sectária,
provocando doçuras sem juras fingidas.
Mas há a saudade sentida daqueles tempos
Pois os giros da mente são contra a ilusão,
Se essa doce convivência falou em proventos.
Nem sempre o destino mordaz lembra a paixão
Quando o roteiro de atores inclui implementos
Que não sejam os petrechos que dita a razão.
Afonso Martini
230211