BAIXO OS PLÁTANOS

BAIXO OS PLÁTANOS

Caminhando à sombra de plátanos lendários;

Nas alamedas lembranças, doces, queridas,

Quiçá eternas, arraigadas em outras vidas,

Em conivência ruidosa do fadário.

Os passeios de mão pegada e alma inibida;

A escolha da data fatal no calendário,

com promessas de fidelidade sectária,

provocando doçuras sem juras fingidas.

Mas há a saudade sentida daqueles tempos

Pois os giros da mente são contra a ilusão,

Se essa doce convivência falou em proventos.

Nem sempre o destino mordaz lembra a paixão

Quando o roteiro de atores inclui implementos

Que não sejam os petrechos que dita a razão.

Afonso Martini

230211

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 22/02/2011
Reeditado em 22/02/2011
Código do texto: T2808923
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