MINHA ALMA É NAU BATIDA PELOS VENTOS

Fagner Roberto Sitta da Silva

"O naufrágio, meu Deus!

Sou um navio sem mastros."

Alphonsus de Guimaraes (1870 - 1921)

Braços abertos formam uma cruz...

Minha alma é nau batida pelos ventos,

nau sem velas que enfrenta mil tormentos

procurando um farol, longínqua luz,

no mar tempestuoso que transpus

tantas vezes buscando por alentos,

depois de ver vividos sentimentos

naufragarem no mar que me conduz.

Minha alma é como nau que, pelo mar

revolto, busca achar a rota certa

para poder ao porto retornar.

É nau que traz, depois de tanto engano,

apenas uma pobre descoberta:

meu resgatado coração no oceano...

22 de fevereiro de 2011.

Fagner Roberto Sitta da Silva
Enviado por Fagner Roberto Sitta da Silva em 22/02/2011
Reeditado em 22/02/2011
Código do texto: T2808373
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