O ÚLTIMO DESCANSO DE UM GUERREIRO

A pradaria imensa se estendia até o céu...

Asas do vento levavam o seu corcel,

Pela estrada do pensamento, sem tropel,

Deixando um rastro de poeira como véu...!

Fagulhas de seus cascos coriscavam ao rés

Do chão fragoso, iluminando a noite; lesto

O mensageiro de Eros, sem cogitar do resto,

Seguia impoluto o destino de um Gilgamesh...!

Cobrava ânimo, cada passo, o animal possante;

Seguia a ânsia do coração d´um jovem gigante,

Amalgamado por um sentimento reverberante...!

Cruel destino lhe fadou a tão vil mortalha,

A Imortalidade que buscava qual muralha,

Fugiu-lhe às mãos... bastava-lhe o Valhala!