DO ESPELHO

Lílian Maial

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Pois nada amaste, eu sei, além de ti,

aquele que te habita a própria imagem.

Em busca de te achar, eu me perdi,

voltando no começo da viagem.

A vil migalha que me coube à margem

do mundo, que em meus sonhos percorri,

lembranças que refletem a coragem

de amar, como eu amei, somente a ti.

E agora queres a absolvição,

perdão por esse amor que fazes pouco,

por vãos motivos, antes rejeitado.

Desejo que me queiras de paixão,

que grites nos ouvidos hoje moucos,

sofrendo a dor de estar apaixonado.

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