DESPIR-ME DA REALIDADE...
Quisera entender, apenas entender,
quisera não querer-te, apenas não...
Soltar as amarras, voar para te ver,
sem dor, sem saudade e sem ilusão...
Mesclar-me com o vento, sem agonia,
fazer parte do infinito, estrela no céu,
anjo, que veio proteger-te, sem ironia,
despir-me da realidade, tirar o véu!
E ser, apenas aquela linda menina,
aos teus olhos, iluminada de manhã,
sem sofrer, sem merecer, triste sina.
Tampouco importar-me, apenas ser
parte de ti, nesta loucura, neste afã
de querer, e querer, mesmo sem ter...
NÃO TE APEQUENAS
Miguel Jacó
Não te apequenas diante desta dor,
Estes frutos não plantastes a propósito,
Vão surgindo com o tempo o desamor,
A convivência desapegam-se da lógica.
O que foi bom num passado glorioso,
Onde as chamas flamejavam amarelas,
Não tencionas reviver tudo de novo,
Esta pintura não é simples aquarela.
O negocio é preservar as qualidades,
Dando vida a um respeito adquirido,
E enterrar os gozos lá da mocidade.
Nesta vida o tempo é muito impiedoso,
Não permitindo nas manobras o vacilo,
E talvez nunca mais vivas, outro amor.
Bom dia Nana Okida, seus versos são primorosos não poderia eu ter a pretensão de fazer algo parecido, mas a minha alma poética viu-se compelida a intera-los ainda que de forma desastrosa.
Ora Miguel, as suas interações são magníficas... Sempre iluminam os meus pretensos versos. ADOREI!