DESPIR-ME DA REALIDADE...

 

Quisera entender, apenas entender,

quisera não querer-te, apenas não...

Soltar as amarras, voar para te ver,

sem dor, sem saudade e sem ilusão...

 
Mesclar-me com o vento, sem agonia,

fazer parte do infinito, estrela no céu,

anjo, que veio proteger-te, sem ironia,

despir-me da realidade, tirar o véu!

 
E ser, apenas aquela linda menina,

aos teus olhos, iluminada de manhã,

sem sofrer, sem merecer, triste sina.

 
Tampouco importar-me, apenas ser

parte de ti, nesta loucura, neste afã

de querer, e querer, mesmo sem ter...

  

NÃO TE APEQUENAS
 
                               

    
                                                                         Miguel Jacó

Não te apequenas diante desta dor,
Estes frutos não plantastes a propósito,
Vão surgindo com o tempo o desamor,
A convivência desapegam-se da lógica.

O que foi bom num passado glorioso,
Onde as chamas flamejavam amarelas,
Não tencionas reviver tudo de novo,
Esta pintura não é simples aquarela.

O negocio é preservar as qualidades,
Dando vida a um respeito adquirido,
E enterrar os gozos lá da mocidade.

Nesta vida o tempo é muito impiedoso,
Não permitindo nas manobras o vacilo,
E talvez nunca mais vivas, outro amor.
 
Bom dia Nana Okida, seus versos são primorosos não poderia eu ter a pretensão de fazer algo parecido, mas a minha alma poética viu-se compelida a intera-los ainda que de forma desastrosa.
Ora Miguel, as suas interações são magníficas... Sempre iluminam os meus pretensos  versos. ADOREI!
Nana Okida
Enviado por Nana Okida em 21/02/2011
Reeditado em 22/02/2011
Código do texto: T2806285