INFERNO
A dor e qual monstro que me devora
Com olhos de malícia e de tormento,
E a pouca lucidez vai logo embora
Levando os sonhos bons que eu já não tenho!
Pois enquanto ele sorri, eu só lamento.
Em dias tais como esses em que deplora
A emoção triste e frágil docemente
Abaixa seus olhos e apenas chora.
Mas meu deus do céu será mais um piano?
Tem dó de mim, pois deus também não existe...
E a metáfora do desesperado..
Viver ao eu ao som do mar, soprano,
Num fôlego imortal assim tão triste...
Refiro morrer e ser enterrada.