*A PAZ

Sentada na areia da praia deserta
Senti a paz que reza a alma aflita
Em meio ao turbilhão a descoberta
Do silêncio oculto, da paz bendita

Vivi com tanto esmero o momento
O som silenciou sorvendo as ondas
Corpo e mente vagando no deserto
Olhar estacionou em nuvens brancas

O sonho flutuou juntou-se ao vento
Bailamos no silêncio, mútuos e sós
O dia ia fugindo em seu lamento

Beirando a água azul no ósculo final
Deixando o dia, num até breve só
Clamando pela paz angústia imortal
                                       sonianogueira


P A Z
Efigênia Coutinho

A P A Z que eu busquei, chegou
Em círculos, companheira, em sintonia,
Em paralelos que o pensamento gerou,
Mensageira da vida em harmonia
Trazendo ao mundo o sentido do amor!

A P A Z que eu encontrei, harmonizou
Em romaria, o que ficou no coração
Com alegria, a esperança polinizou,
E vai suave com sua terna canção,
Onde nos céus alegorias desenhou!

A P A Z que está dentro de mim,
É bailarina nos sonhos duma dança
Em volta do luar, num ir e vir sem fim,
Voltando ao tempo e ser criança,
Ao som suave de um bandolim!

A P A Z, que agora sentido eu estou,
É para a alma uma musicalidade
Que um corpo noutro corpo repousou,
Num canto com tamanha suavidade,
Que a vida num só coro executou!

P A Z! A consciência que leva a conhecer
A profundeza da mais bela emoção.
E a quietude que a Alma vem reconhecer,
Vem do Universo e invade o coração,
Como oração, difundida em cada ser!

Balneário Camboriú

Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 20/02/2011
Reeditado em 20/02/2011
Código do texto: T2803769
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.