AGONIA DE UM LOUCO...!

Agonizo na noite e seus longos abraços:

Tentáculos cruéis me arrastam consigo...!

Amorfam meu vulto em pesados passos,

Clamo o teu nome – meu último castigo!

E mesmo na sombra que deturpa a visão,

Arranco do peito um tresloucado suspiro;

Moribundo farrapo de homem, então,

De joelhos se arrasta num último respiro...!

A parêmia do tempo já não é necessária,

A mente confusa miscigena ordinária

Um mundo estranho que a torna hilária...!

E o riso emitido gorgulha tão rouco,

Ouvidos sensíveis o ouvem tampouco...!

Agoniza, afinal, por amor... este louco!