Se eu pudesse fazer destas longas horas segundos
Não sentiria a angústia e a dor do silêncio profundo
Indiferentes paredes mudas, paisagem angustiante
Divergências impostas pela vida, tristes, sufocantes.


Se pudesse voar como as gaivotas sobre o mar
Se pudesse ao menos raros segundos sonhar
Não sentiria o existir oblíquo, a dureza do adeus
Não perderia frágil esperança de o amor esperar


Se eu pudesse libertar as vidas dos porta-retratos
Buscaria de volta amores de um passado distante
Reviveria os sonhos e o amor no coração errante.


Dores, quimera distante vivenciar a paz e a felicidade.
Definitivamente o tempo não volta, o mundo se fecha.
A alma reduzida ao silêncio amarga a dor da saudade.


(Ana Stoppa)

 

 

 

 

 

 

 

Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 19/02/2011
Reeditado em 02/03/2013
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