JAZIGOS

No cemitério de amores enterrados

Muitos são que jaz sem nomes

Poucos são os jazigos visitados

Neles tão pouco há perfumes

Só lamentos de amantes esquecidos

Em mortalhas de traições impunes

E grasnar de corvos enlouquecidos

No banquete vil de vermes imunes

Entre flores desbotadas pelo tempo

Agoadas por lágrimas já ressequidas

De partidas choradas com sentimento

Dos momentos de saudades já morridas

Sepultadas com cruzes do esquecimento

De beijos e emoções não mais vividas

Chico Alves dMaria
Enviado por Chico Alves dMaria em 19/02/2011
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