JAZIGOS
No cemitério de amores enterrados
Muitos são que jaz sem nomes
Poucos são os jazigos visitados
Neles tão pouco há perfumes
Só lamentos de amantes esquecidos
Em mortalhas de traições impunes
E grasnar de corvos enlouquecidos
No banquete vil de vermes imunes
Entre flores desbotadas pelo tempo
Agoadas por lágrimas já ressequidas
De partidas choradas com sentimento
Dos momentos de saudades já morridas
Sepultadas com cruzes do esquecimento
De beijos e emoções não mais vividas