DEPRESSÃO


                             

Para entregar minh’alma neste pranto,

que de longe permeia minha história,
rastreando a noite, trouxe da memória
as dores, que passei no desencanto.
 

Foram tantas as crises, chorei tanto...

Tanta luta no viver em desalinho,
que hoje vejo meu corpo tão sozinho,
decaído nos porões jogado ao canto.
 

A fadiga vem lenta, a vida triste...

Os bordados perdem brilho na manhã.
Em tecidos de chita consentiste.
 

Mas sem luta ,não pode haver vitória!

É retomar a trilha do amanhã,
pois a vida resume: amor e glória.


   


O carinho nos versos do amigo Miguel Jacó.


PERFAZEM AS PREMISSAS


Quando o corpo em si entra em falência,
Não resiste as tormentas oportunistas
E muitas vezes falamos em demência,
No entanto ainda perfazem as premissas.

Somos julgados antes mesmo do pecado,
Condenados sem direito a uma vitória,
Pelas maculas remotas de um passado,
Sucumbindo toda honra e farta glória.

Ao cansaço pelas injustas consequências,
Vão somando-se o apego mais temente,
De entregar-te sem nem uma resistência.

Um tanto tarde mais ainda com anseios,
Te renovastes em um atento esfuziante,
Decidistes mostrar ao mundo a que veio.

                                    Miguel Jacó



       

Elen Botelho Nunes
Enviado por Elen Botelho Nunes em 19/02/2011
Reeditado em 23/02/2011
Código do texto: T2802136
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