Soneto à Lua
Fagner Roberto Sitta da Silva
Este imenso prazer que me alucina,
que ora me lança, que me faz arder
vem de um mundo encoberto por neblina
onde o vento tem cheiro de mulher.
Vem de um lugar com forma tão divina,
quente e lilás como um entardecer,
sutil como o dançar de bailarina,
sedento e curioso de prazer...
Este mundo tão vasto, tão moreno,
que é ora caudaloso, ora sereno
é mais misterioso do que a lua,
do que a lua que vaga pelo céu,
bem igualzinha a que cheirando a mel
tem meus lábios na sua pele nua...
12 de julho de 2007.