LIMIAR DO OUTONO
LIMIAR DO OUTONO
Venha e condena-me pôr lhe amar,
Faça tudo com todo o seu rancor.
Devolver-lhe-ei ao me espedaçar,
Em mil pedaços da mais pura dor.
Entramos no limiar de nosso outono,
Como vivêssemos o primeiro dia,
Quando eu achava que era seu dono,
E você que eu era sua única alegria.
Espasmo no interior do corpo agita,
Com o menor movimento de separação,
Embora muito pequena me é infinita.
Surge pôr detrás de tudo a extrema-unção,
Como se não fosse nada, apenas palpita,
É agora, sede a vez colecionador de ilusão.
Goiania, 18 de fvereiro de 2011.