VERSOS BÁRBAROS
Que belo mundo, poeta, a receber tua essência!
Em matinal florescência, o sol vital vem, afeta
a tua verve dileta, a pulular doce ardência!
E a tua infante consciência a cinzelar verso, a meta...
Nado em lagoa de prata, em brisas, cheiros de infância...
Na luz, total rutilância, a vida dócil e exata...
Cor que a saudade retrata e traz, encurta a distância
entre sonhar, circunstância... Ah, poesia acrobata!
Um devaneio vivido às asas d'alma do sim...
Leve bailar colorido em vicejante jardim,
que é cultivado por anjo e flore por toda vida...
Ora na dor espancado, ora beijado em amor...
Por emoções, embalado em fantasias, candor...
Sina de ser um arranjo a ornamentar esta lida!