Soneto da Tarde e dos Passarinhos

Fagner Roberto Sitta da Silva

A tarde se desfolha em passarinhos

fazendo acrobacias pelo imenso

céu do planalto, no vermelho intenso

que cobre tudo, todos os caminhos...

O céu da tarde é rosa sem espinhos,

rubra, despetalada em nuvens... Denso

crepúsculo das aves, vezes tenso,

mas depois calmo no voltar aos ninhos.

Findada a tarde voltam ao repouso

as aves que trouxeram alegria,

formando um espetáculo formoso,

só que nem tudo volta à calmaria,

pois entre os galhos, logo após o pouso,

ouve-se um incessante pia, pia...

17 de fevereiro de 2011.

Fagner Roberto Sitta da Silva
Enviado por Fagner Roberto Sitta da Silva em 17/02/2011
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