RECORDAÇÕES
Para minha mãe, Teresinha. (reeditado)
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Porque o dia chora tanto, amada?
E, atrás dos seus lençóis d’água, chorosos,
Ele esconde a aurora, a alvorada,
Em seus cantos tão tristes, langorosos?...
Ainda parece ser noite lá fora...!
Tu ouviste, por acaso, nossos pardais,
Cantarem aos seus filhos nesta hora,
Em seus ninhos d’amores, pelos beirais?
Ah, chuva intermitente e tão penosa,
Tu enches de amarguras esta rosa,
Que se abre bela, em pétalas no jardim...!
...Tu deixas a minh’alma amorosa,
No raiar desse dia, tão saudosa,
Recordando a infância tenra de mim...
Aarão Filho
São Luís-Ma, 16 de Fevereiro de 2011