O TEMPO QUE ESCOA...

 

 

 

O tempo passa repentinamente

Como raio que cai na tempestade.

Avança, com tal grandiosidade,

Que não nos damos conta, infelizmente!

 

A vida, em seu curso descendente,

Não pode segurar a veleidade

Do tempo - neste rastro incongruente

Que segue, enfim, até a eternidade!

 

Ah! Esse tempo vil, impaciente,

Que esconde em sua fugacidade

Os meus sonhos, inexplicavelmente!

 

Beirando às raias da mediocridade

Entre meus dedos vai-se, intemente,

O resto de esperança e de vontade!

 




 


Inspirado no belíssimo Soneto

O TEMPO

de Mario Roberto Guimarães

* Obrigada, Mestre, pela inspiração *
(Milla)